A IMPORTÂNCIA DA GESTÃO DE PESSOAS NAS EMPRESAS FAMILIARES
Por Patrice Gaidzinski | em Novidades .

Pesquisas recentes têm mostrado que mais da metade das empresas brasileiras morre muito jovem, com poucos anos de existência. O motivo: falta de planejamento e erros de gestão, principalmente no quesito “pessoas”.
Existe uma grande diferença entre as ambições dos pequenos e médios empreendedores brasileiros e o que ocorre na prática. Quem abre um negócio pretende que ele tenha sucesso e vida longa. Porém, o que acontece é justamente o contrário.
No Brasil, as pequenas e médias empresas são, na maioria, estruturas familiares. Com o passar dos anos e o crescimento do negócio, cria-se uma verdadeira confusão entre as relações profissionais e familiares. Surgem os conflitos, que, quase sempre, culminam com a falência da empresa.
Um bom modelo de gestão, com mais chances de proporcionar sustentação e vida longa ao empreendimento, é aquele baseado em dois princípios: meritocracia (pessoas) e melhoria contínua (processo).
Esses termos podem parecer estranhos, quando se pensa em um negócio criado por pais, filhos, genros e noras, mas neles reside a chave para o crescimento sustentável. No entanto, quando a Empresa Familiar compreende que é uma família empresária, ela atinge um grau de maturidade na sua gestão, isto porque se compreende que o vínculo que rege as relações são de profissionalismo e meritocracia.
“Em uma família empresária não é o amor fraterno que mantém o profissional na sua função, mesmo sendo ele familiar ou não, e sim seu desempenho e entrega de resultados”, afirma a Diretora e Fundadora da Posteritá Consultoria a Negócios Familiares, Patrice Gaidzinski. Ainda segundo a consultora, considerar e conscientizar os membros da família de sua preparação profissional fará com que se pense muito antes de contratar um parente.
Para o negócio crescer e sobreviver por várias gerações, é preciso adotar um modelo de gestão baseado em princípios e técnicas que possam ser seguidos por todos. Só assim a empresa se libertará da personalidade do seu fundador e das influências familiares, fortalecerá os controles internos e crescerá com as próprias pernas.
Fonte: Exame