CINCO AMEAÇAS ÀS EMPRESAS FAMILIARES, SEGUNDO ELAS MESMAS
Por Patrice Gaidzinski | em Novidades .

Empresas Familiares enfrentam muitos desafios em sua construção e ao longo de sua trajetória. Melhorar salários e benefícios, competir internacionalmente e atrair e reter talentos são alguns dos pontos identificados na pesquisa realizada pela Price Waterhouse Coopers Auditores Independentes (PWC).
Para elencá-los, a consultoria PWC ouviu presidentes de 1.400 companhias em todo o mundo no fim de 2015 e recortou as informações referentes às organizações administradas pelos próprios donos. Na visão da Diretora e Fundadora da Posteritá, Patrice Gaidzinski, toda empresa sofre ameaças durante o caminho que percorre para o crescimento e a sustentabilidade.
“As cinco ameaças (confira no texto abaixo) são verdadeiras a todas as empresas, independentemente de serem familiares ou não. Acredito que há dois fatores que são ameaças únicas e de alto risco para as Empresas Familiares: a sucessão e os conflitos familiares. Estes, quando não tratados com seu devido cuidado, com certeza produzirão efeitos danosos aos negócios”, completa Patrice.
Abaixo, veja como as organizações se posicionam e o que consideram ser os principais desafios para seus negócios.
- Enfrentar os novos concorrentes
De acordo com o estudo da PwC, 66% das Empresas Familiares mencionaram a crescente quantidade de competidores no mercado como uma das maiores ameaças a enfrentar. Entre as empresas estatais e privadas os percentuais foram menores, de 57% e 59%, respectivamente.
- Competir internacionalmente
Segundo a PwC, o avanço do consumo online, que não tem fronteiras, está levando as Empresas Familiares a criar estratégias para competir globalmente.
Entre as ouvidas, 31% disseram que pretendem formalizar parcerias estratégicas e joint ventures nos próximos 12 meses. O número, na visão da PwC, é “surpreendente próximo” ao das empresas privadas que têm os mesmos planos, de 47%.
- Atrair e reter talentos
Empresas Familiares muitas vezes não têm plano de carreira definido, não oferecem participação societária e nem benefícios competitivos aos funcionários, conforme constata a PwC. Além disso, eventuais conflitos entre os familiares que comandam o negócio podem desmotivar candidatos de nível gerencial, segundo a consultoria.
Por esses motivos, 40% delas afirmaram estar extremamente preocupadas com a retenção de talentos. Entre as empresas estatais, o índice foi de 25% e entre as privadas em geral, de 33%.
- Melhorar o salário, programas de incentivo e benefícios
A preocupação com a retenção de talentos se confirma no plano de ação das empresas. Dos donos de negócios familiares entrevistados, 42% pretendem mudar sua política salarial e de benefícios neste ano, contra 33% dos presidentes das demais companhias ouvidas.
- Manter a confiança dos consumidores
De acordo com a PwC, uma das maiores cartas na manga das Empresas Familiares é o relacionamento mais próximo com os clientes. Isso é observado principalmente em companhias locais, que têm laços fortes com a comunidade, o que proporciona mais confiança na qualidade dos produtos.
Mesmo com esse ponto a favor, 48% das organizações familiares disseram estar preocupadas em manter a boa relação com o consumidor, fatia pouco menor do que a das demais empresas, de 53%.
Fonte: Exame