DIÁRIO DE VIAGEM: MEDITAÇÃO É CHEGAR MAIS PERTO DA FELICIDADE
Por Patrice Gaidzinski | em Novidades .

Um dos propósitos – e talvez o maior desta viagem – foi meditar no berço do Budismo e, acredito, no berço da meditação. É sabido que a meditação cada vez mais tem chegado ao Ocidente, aos nossos lugares e aos nossos tempos. Vinda do longínquo passado, de um Oriente de mestres que passaram anos e anos treinando a mente para que pudessem ser mais tranquilos, calmos, felizes e com mais compaixão. Tentando trazer mais bondade ao mundo.
Com certeza, não vou alcançar tudo isso nessa viagem. Mas, a minha ideia é poder aprender um pouquinho sobre a história e, principalmente, sobre o controle da mente para poder enfrentar todas as coisas, todas as situações, todos os sentimentos, todos os fatos que aparecem no dia a dia de uma vida corrida. Em meio aos afazeres da casa, do trabalho, da família, de pagar as contas… Enfim, do dia a dia moderno que a gente acabou por estruturar.
Tenho, então, meditado. Praticamente todos os dias, de uma a duas vezes em lugares sagrados aqui no Butão. Na última terça-feira, antes de iniciar a primeira sessão de meditação em Gantei, fomos a um ritual, ou seja, uma sessão de benção dentro do Templo do Gantei Gompa, aonde fomos abençoados pelos monges depois de orações, música e benção. A partir daí, começamos a meditar junto aos monges. Tivemos a nossa primeira aula de meditação dentro da escola budista onde os monges também aprendem a meditar. Depois, fizemos uma sessão especial de meditação dentro de uma caverna, a 3.400 metros de altura, e fomos meditando dentro de templos muito especiais.
O começo é sempre difícil, mas à medida em que vai se fazendo, vai se treinando, vai se percebendo o quanto podemos fazer um controle da nossa mente, dos nossos pensamentos, de tudo aquilo que vem e que precisamos deixar passar para poder encontrar um silêncio dentro da nossa própria cabeça. Não é simples, embora seja simples! É somente com treino que se busca esse ideal. Começamos com 1 minuto, depois 3 minutos, 5 minutos, 10 minutos, e tenho agora conseguido fazer de 15 a 20 minutos de meditação. Tudo na mesma posição, me concentrando na minha respiração ou me concentrando nos sons a minha volta. Como um dos monges nos ensinou: essa concentração tem que ser o foco e o objetivo da meditação, para que tudo aquilo que venha a interromper seja somente a distração que deve ser mandada embora.
Tenho me sentido bem e feliz por ter conseguido. Tenho me sentido bem e feliz por ter persistido na busca do que é meditar. Um dos meus objetivos é, quando voltar ao Brasil, ter uma mente mais calma, ficar mais tranquila e, como dizem os budistas, poder chegar um pouquinho mais perto da felicidade.
teste • 11 Julho 2023 at 22:48
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